''Seus lábios estavam irrigados, até o momento em que fiz questão de não ver mais o derramar de rubiz.''
Dias depois ele me disse que estava feliz. Perguntei o porque, e ele simplismente me disse que estava mais feliz. Fiquei disnortiado por um tempo. Cruzei duas ruas, sentei-me em um assento de um bar com um ar meio coajido e claustrofóbico, pedi uma dose dupla da melhor bebida que eles serviam - era a droga de um uísque 8 anos, o qual me cobraram 7 putos - tomei aquele maldito destilado, que aos poucos adormecia meu corpo. Creio que tinham colocado algo naquela bebida, mas dane-se o efeito era sublíme. Um senhor que por alí passava parou e fixou os olhos nos meus, era um senhor aparentemente de uns 80 anos de idade, naquele momento eu não tinha expressão, simplismente me encontrava em um estado de perfeita sincronia com algo desconhecido, até que ele chorou e me beijou. Eu não entendi, mas não me senti ofendido. Até que ele me ofereceu uma arma e disse para ama-la, amar como jamais amei ninguem, porém deveria "ama-la" naquele momento. Meio que por um impulso agarrei-me com ela, e quando proximo de tocar minhas témporas apertei o gatilho. paralizado fiquei, paralizado continuei. Me senti como se tivesse descoberto o "segredo" de todas as conjecturas. Agora entendo a história dos rubiz.
As vezes a autodestruição é a unica solução
Diego, sinceramente eu adoro esse jeito de escrever... adorei o conto!! quero ver mais coisas de sua autoria! =D
ResponderExcluirAutodestruição é um escapamento que a maioria ignora, mas os sábios e os gurus sempre se utilizaram dele em diversos tempos lugares e diversos tempos... sendo assim, só os néscios alimentam as ilusões de vida eterna, ou as pretensões de não enfrentar os problemas, querer viver o lado colorido da vida.... mas é muito estranha a natureza morta dos que não tem dor.
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ResponderExcluirPara Leon,
ResponderExcluirPor que autodestruir-se aos pouquinhos? Medo ou masoquismo?
É engraçado isso. De um lado os que pintam a oléo a natureza morta de não sentir dor, do outro os que pintam a sangue a igualmente morta natureza de não sentir alegria.
Viver o lado colorido da vida, talvez, implique tão somente em entender sua bilateralidade, porque, sabemos(,oras), não se pode ser alegre o tempo inteiro, tampouco se pode ser triste o tempo inteiro.
Eu não coisifico a autodestruição, gosto dela, no entanto eu sei que a vida é muito mais que a iminência do suicídio, porque quando assim deixar de ser, o suicídio, enfim, fará sentido. "Suicidar de vez é fácil, difícil é ressuscitar todo dia."