domingo, 8 de novembro de 2009

Pós Ordem

Um fogo duentio acalentou as noites de Annie Furton.
Seu expressionismo mesmo intenso, não é. Ela luta, mas cansa. Como você, quando folheia páginas de revistas sensacionalistas e vulgares numa noite fria em uma poltrona de segunda mão e um litro quase seco de um vinho barato.
Palavras não são mais. As palavras não ditam mais. As palavras apenas clamam. E os meus versos em necrose expandem suas feridas a pouco abertas.

Vício patológico é fato. Sinceridade Oculta clama. Um sentimento quem sabe?

2 comentários:

  1. Meu caro amigo, vício patológico é fato, e as mais simples verdades são as mais importantes verdades, pois o que seria a Annie Furton sem os fantasmas noturnos que a rodeiam e que a fazem buscar alguma fuga em litros e litros de vinho, e em palavras que talvez elevem seu pensamento - isso nunca dá para saber. Sinceridade oculta, afinal, diz uma lei literária emblematicamente escrita nesse seu post.


    Para além de sua postagem:

    estou redescobrindo a literatura beat (produzida por um grupo de malditos americanos - fundadores da contracultura - em meados dos anos 50), e se você não conhece sugiro que conheça - obterá muitas respostas sobre a vida, sobre o misticismo, sobre a estrada, as drogas e os fantasmas bons e maus com os quais convivemos, também sobre o álcool e sobre todas as coisas importantes.......... um dia procure Jack Kerouac (se já não te falei dele, perdoe-me; o cara é fodaço.... mas já deves ter-me visto com alguns livros dele) nas livrarias ou em sebos - em sebo há uma magia especial, mas é mais difícil encontrar - e você verá que esta minha recomendação não é nem falaz nem muito menos vazia de sentido.

    Depois de tudo isso, quem sabe não poderíamos nós fazermos um grupo de contracultura em nossa provinciana cidade - somos artistas, nossos amigos são artistas, estamos no caminho certo.


    Ademais:

    Sugiro que leia meu último post (Fissuras Reprimidas), onde transcrevo parte de minhas frustrações e de minhas experiências com a santíssima trindade (sexo, drogas, rock'n'roll).


    No mais, estou indo embora o/

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  2. (...) se você não conhece sugiro que conheça - obterá muitas respostas sobre (...)

    Pensando melhor, talvez você não obtenha respostas, mas adquira, ainda, novas perguntas sobre a vida e todas essas coisas (e isto não é nada mau; pelo contrário).

    Aloha!

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